quinta-feira, 31 de maio de 2007

Irecê completa hoje 74 anos de emancipação política

Hoje, dia 31 de maio de 2007, é o aniversário de Irecê. O município está completando 74 anos de independência político-administrativa de Morro do Chapéu.

Eis um pouco da história da independência de Irecê:

Nos anos 20, perdido no sertão da Bahia, encontrava-se um arraial denominado Caraíbas. Suas casas, que podiam ser contadas a dedo, encontravam-se separadas por um carreiro por onde transitavam porcos, jegues, gado e pessoas em busca das cacimbas de água salgada.

Em 2/08/1926, por força da lei 1896, este arraial foi transformado em município, mas sua sede, em vez de ser elevada a categoria de cidade foi elevada à categoria de vila. Então, o arraial de Caraíbas passou para a denominação de Vila de Irecê, conforme consta no artigo 1º da referida lei:

“Fica erecto em Villa o arraial de Carahybas, no município de Morro do Chapéu, com a denominação de Villa de Irecê, que será sede do Município e termo desse nome, creados por esta lei.”

O termo arraial, condição de Caraíbas antes de 2/08/1926, significa a “forma mais primitiva de ajuntamento humano administrativamente reconhecido”.
Vila, condição dada a Caraíbas pela lei 1896 significa, segundo o dicionário Aurélio,
“povoação de categoria superior à de aldeia ou arraial e inferior à de cidade”.

Naquela época, elevava-se a categoria de cidade as sedes de municípios que tinham um número predeterminado de habitantes e recursos próprios para sustentação. Como o arraial de Caraíbas não preenchia estes requisitos, foi transformado em município e sua sede em Vila.

Acontece que em 8/07/1931, por força do Decreto Lei Estadual 7.479, o município de Irecê foi extinto, desaparecendo porque não preenchia os requisitos necessários para ser município. E assim:

Até o dia 30 de maio de 1933, Irecê não tinha prefeitura, tinha subprefeitura; Irecê não tinha prefeito, tinha subprefeito; Irecê não era município, era Vila de Morro do Chapéu.

Comemora-se o aniversário de Irecê no dia 31 de maio por estes motivos:

1) Porque Irecê voltou a ser município nesta data, sendo restabelecido pelo Decreto Lei Estadual 8.452;

2) Porque o município foi INSTALADO, conforme autorização do Decreto Lei Estadual de nº. 8.456;

3) Porque aconteceu a DEFINITIVA emancipação político-administrativa de Irecê, posto que o restabelecimento, em 31 de maio, fez o município renascer de uma subprefeitura. Só para facilitar o entendimento, vamos comparar a subprefeitura com uma colônia. Ao passar para condição de prefeitura, Irecê estaria deste modo se emancipando;

4) Porque a sede do município que era denominada de “Vila de Irecê” (Lei 1896, de 2/08/26) passou a ser denominada de Irecê (Decreto Lei Estadual 8.452, de 31/05/33);
5) Porque Irecê teve seu primeiro prefeito, ainda que nomeado, o professor Faustiniano Lopes Ribeiro, a partir de 31 de maio de 1933. A posse ocorreu no dia 9 de julho daquele ano, acontecendo também a INSTALAÇÃO do município;

6) Porque o PRIMEIRO ORÇAMENTO MUNICIPAL DE IRECÊ, no valor de trinta contos de reis, foi feito em 1 /12/1933, para o ano de 1934.

O Brasileirinho

sábado, 10 de março de 2007

História de Irecê - Parte 4

Prefeitos, sub-prefeitos e intendente

2004 – Joacy Nunes Dourado

2000- Adalberto Lelis Filho

1996 – Adalberto Lelis Filho

1992 – Assis Henrique Sobral

1988 – Luiz Bezerra Sobral

1982 – Hildebrando Seixas de Souza Filho

1976 - Joacy Nunes Dourado

1972 - Ineny Nunes Dourado

1970 - Edivaldo Santos Lopes

1966 - Nobelino Moitinho Dourado

1962 - Edivaldo Santos Lopes

1958 - Antônio Cambuí Primo

1954 - Deraldo da Silva Dourado

1950 - Edivaldo Santos Lopes

1946 - Dr. Mário Dourado Sobrinho

1938 - Renério Justiniano Dourado

1937- Antônio Castro Dourado

1934 – Antônio Bastos de Miranda

1933 - Faustiniano Lopes Ribeiro (Sub-Prefeito, num período, e prefeito)

1931 – Licínio Barreto - sub-prefeito durante trinta dias

1931 - Teotônio Marques Dourado Filho(Sub-prefeitos)

1926 - Aristides Rodrigues Moitinho (Intendente)

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Informações extraídos dos livros
Irecê – História, Casos e Lendas , 2ª Edição
Irecê – Um Pedaço Histórico da Bahia,
do escritor Jackson Rubem. Adquira os livros para saber mais
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História de Irecê - Parte 3

Linha do tempo

1807 - O Conde da Ponte e a Condessa comercializam, pela primeira vez, com uma porção de terras chamada São Rafael, onde se encontra a atual Irecê.

1877 - Chegada dos primeiros migrantes a Caraíbas.

1926 - Caraíbas é elevada a categoria de município, lei nº 1896, assinada por Francisco Marques de Goes Calmon em 2/08/1926, e ganha o nome de Vila Irecê.

1931 - A criação do município é revogada. O Interventor Federal no estado da Bahia assina o decreto nº. 7.749, criando uma subprefeitura em irecê.

1933 - Juracy M. Magalhães assina em 31/05/1933, o decreto nº 8.452, que tira Irecê da condição de vila e restabelece como município. Irecê conquista, nessa data, sua independência político-administrativa de Morro do Chapéu.

1951 - Chegada dos primeiros tratores.

1974 - ACM inaugura a BA 052 –Estrada do Feijão.

1996 - Beto Lelis, um esquerdista conhecido nacionalmente por seus feitos, toma o poder em Irecê, através de uma das mais marcantes eleições.

1999 - Inauguração da CENABI - Centro de Abastecimento de Irecê, um dos maiores mercados do interior da Bahia.

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Informações extraídos dos livros
Irecê – História, Casos e Lendas , 2ª Edição
Irecê – Um Pedaço Histórico da Bahia,
do escritor Jackson Rubem. Adquira os livros para saber mais
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sexta-feira, 9 de março de 2007

História de Irecê - Parte 2

Localização O município de Irecê fica na zona fisiográfica da Chapada Diamantina Setentrional, abrangendo toda a área do Polígono das Secas. Pertence à bacia do São Francisco. Limites João Dourado, Presidente Dutra, Lapão e São Gabriel. Microrregião A microrregião de Irecê é composta por 19 municípios: América Dourada, Barra do Mendes, Barro Alto, Cafarnaum, Canarana, Central, Gentio do Ouro, Ibipeba, Ibititá, Irecê, Itaguaçu da Bahia, João Dourado, Jussara, Lapão, Mulungu do Morro, Presidente Dutra, São Gabriel, Souto Soares, Uibaí. Área 314 km2. Distância da capital 478 km. Coordenadas geográficas Latitude Sul: llº18’ – Latitude Oeste: 41º52’- Altitude: 722 metros. População 60.785 Densidade demográfica 144 habitantes por Km2 Clima Semi-árido território está incluído no Polígono das Secas. Sua pluviosidade média é de 582mm anuais. Chove de novembro a janeiro. Temperatura anual Média: 22º C; Máxima 26,9º C; Mínima 17,7º C. Bacia hidrográfica São Francisco. Minérios Fosforita e Zinco. Aspectos econômicos Irecê já teve importantes títulos como Capital do Feijão, Capital Mundial da Mamona. Atualmente se destaca na irrigação de cenoura, cebola e outras hortaliças. Além disso vem chamando a atenção para a criação de avestruzes, uma atividade econômica em expansão. ----------------------------------------------------------- Informações extraídos dos livros Irecê – História, Casos e Lendas , 2ª Edição Irecê – Um Pedaço Histórico da Bahia, do escritor Jackson Rubem. Adquira os livros para saber mais e leia o jornal O Brasileirinho editado por ele. Visite Jackson Rubem para saber mais sobre a história de irecê. ------------------------------------------------------------

Os primórdios

Os primórios

Irecê é um nome indígena, dado pelo Tupinólogo Teodoro Sampaio, em substituição ao nome Carahybas. Irecê significa “pela água, à tona d’água, à mercê da corrente.
Para sabermos um pouco mais da história de nossa cidade, é preciso voltarmos num tempo longínquo e conhecermos os primeiros donos destas terras.

No ano de 1624 a Bahia começou a ser invadida pelos holandeses. Naquela época um homem se destacou, porque lutou bravamente contra os invasores. Chamava-se Antônio de Brito Corrêa, pai de Antônio Guedes de Brito.

Antônio Guedes de Brito residia em Morro do Chapéu, desde o ano de 1663 e carregava no sangue a valentia do pai. Em sua época a região do Rio São Francisco vivia atormentada por bandidos, mamelucos e negros aquilombados.
Incumbido pelo rei de Portugal para pacificar a região do São Francisco, Antônio Guedes de Brito entrou em ação e em pouco tempo trouxe de volta a paz em toda a região. Como recompensa o rei lhe deu uma sesmaria remuneratória de 160 léguas de terras que abrangia a área de terras de Irecê e de diversas outras cidades da região, transformando-o no maior latifundiário de toda a Bahia.

O Conde da Ponte, João de Saldanha da Gama Mello Torres Guedes de Brito e a Condessa da Ponte D. Maria Constança de Saldanha Oliveira e Souza, desmembraram, no dia 21 de fevereiro de 1807, a sesmaria remuneratória. Retiraram da grande sesmaria uma porção de terras que denominaram Barra de São Rafael e venderam para Filipe Alves Ferreira e Antônio Teixeira Alves, pela quantia de 1.200$000 (um conto e duzentos mil réis).

21 de fevereiro de 1807 foi um marco para a história de Irecê, porque nesta data comercializou-se pela primeira vez, os terrenos onde se ergueu a atual cidade de Irecê, conhecida naquela época como Lagoa das Caraíbas ou Brejo das Caraíbas.

Como se tratava de um latifúndio gigantesco, Barra de São Rafael foi desmembrada. Do grande latifúndio retirou-se uma porção de terras denominada Lagoa Grande que foi vendida a Joaquim Alves Ferreira, Joaquim Gomes Pereira e Domiciano Barbosa Pereira, os quais venderam para João José da Silva Dourado em 29 de Agosto de 1840.

Os Primeiros habitantes

Três décadas depois, ou seja, no ano de 1877, Antônio Alves de Andrade , Hermógenes José Santana, Sabino Badaró, Joaquim José de Sena, Deoclides José de Sena, José Alves de Andrade, Benigno Andrade, entre outros, chegaram em Lagoa das Caraíbas e encontraram abundantemente água, caça e terrenos férteis, requisitos básicos para a sobrevivência deles.

Estes moradores habitaram inicialmente embaixo duma quixabeira secular, que se encontra até os dias de hoje, na Av. Tertuliano Cambuí, no quintal de dona Nita. Depois construíram suas casinhas de enchimento, desmataram parte das terras e começaram a desenvolver a agricultura e a pecuária.

Anos depois chegaram aqui os herdeiros dos terrenos, entre eles Martiniano Marques Dourado e Clemente Marques Dourado, descendentes de portugueses. Estes cidadãos e muitos outros promoveram o desenvolvimento de Irecê, produzindo milhares de arroubas de algodão, criando centenas de cabeças de gado e trazendo produtos de fora para serem vendidos entre os habitantes locais.

Colonização

Os legítimos donos da fazenda Lagoa Grande fizeram uma expedição visando conhecer seu enorme latifúndio que já estava sendo habitado por pessoas estranhas. A expedição foi organizada por Martiniano Marques Dourado, Clemente Marques Dourado, Teotônio Marques Dourado Filho, Benigno Marques Dourado, João Dourado, Herculano Galvão Dourado, Manoel de Castro Dourado, entre outros, que alcançaram um lugar denominado "Novo Mundo" que mais tarde se tornou distrito de Morro do Chapéu e atualmente é o município de América Dourada.

Caraíbas

O título de fundador de Caraíbas é atribuído a Aristides Rodrigues Moitinho, que juntamente com Teotônio Marques Dourado Filho e com o Cel. Terêncio Dourado, chefe de polícia da Bahia, conseguiram criar em 1906 um distrito de Paz de subdelegacia de Polícia de Morro do Chapéu, com a denominação de Caraíbas.

Criação do município

O município de Irecê foi criado em 02/08/1926, pela lei 1896, assinada no Palácio do Governo por Francisco Marques de Góes Calmon, com a denominação de Vila de Irecê.

Independência política

O município de Irecê foi criado em 02 de agosto de 1926, mas sua criação foi revogada por força do Decreto Lei Estadual, 7.479, assinado no Palácio do Governo, por Arthur Neiva – Bernardino José de Souza. Irecê voltou a ser uma simples vila de Morro do Chapéu.

Irecê continuou sendo vila de Morro do Chapéu até a assinatura do Decreto Lei Estadual, nº 8.452, de 31 de maio de 1933, assinado no Palácio do Governo por Juracy M.M. Magalhães.

31 de maio de 1933 é a data em que se comemora o aniversário de Irecê, pois nesta data o lugar saiu da condição de vila e foi restabelecido como município, ganhando plena autonomia político-administrativa.

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Informações extraídos dos livros
Irecê – História, Casos e Lendas , 2ª Edição
Irecê – Um Pedaço Histórico da Bahia,
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